Assistente editor: Hugo de Aguiar

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a corrida do riso ( cantiga ou fado )

o riso foi tão rápido
que ganhou ao sisudo
batendo ainda o chorão

palmas para o riso
ganhou o nosso campeão

riso, risos, riso

os outros que tenham juízo
não é com olhar chorudo
que se vai à competição

riso, risos, riso

que tudo devastas
e não crias prejuízo
nos lábios iconoclastas

pula nas pedras da amargura
ilumina o seu percurso
com tal desenvoltura
que consta que dá um curso

àqueles com trombas de urso
e com rugas insensatas
que avariam o excurso
com trejeitos de bravatas

o riso ganhou
viva o riso, viva o riso
viva o riso até mais não
e aquele que parou
de rir perde o guiso
e afrouxa o coração

riso, risos, riso

ferool

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